D. Dinis
D. Dinis, o sexto rei de Portugal (1279-1325), foi o primeiro monarca português a nascer na cidade de Lisboa, em 9 de outubro de 1261.
Foi preparado desde cedo para o governo do reino de Portugal, país que já tinha atingido a sua fronteira natural, no Algarve.
Subido ao trono, ordenou várias inquirições para fortalecer o poder real, e celebrou várias concordatas com a Santa Sé para regular as relações com a Igreja.
Destacou-se como patrono das artes e das letras, tendo sido autor de mais de uma centena de composições trovadorescas (cantigas), além de ter feito do galaico-português a língua oficial nos diplomas da chancelaria, e estabelecido a primeira universidade do país em Lisboa (1290).
Firmou com Castela o tratado de Alcanizes (1297), pelo qual se estabeleceu a fronteira definitiva entre as duas Coroas – a mais antiga e estável da Europa.
Foi ainda o responsável pela reorganização da marinha de guerra do país, tendo nomeado o genovês Manuel Pessanha como almirante de Portugal (1317).
No que diz respeito a Lisboa, ordenou a construção de uma cerca para defesa da zona ribeirinha da cidade, em 1294, a qual ficou conhecida com o seu nome (muralha dionisina). É provável que, tal como o seu pai, também D. Dinis tenha levado a cabo modificações no Paço da Alcáçova – no entanto, da sua passagem pela cidadela de Lisboa, apenas é certa a instituição de um capelão perpétuo para celebrar missas na capela do Paço Real, dedicada a São Miguel (10 de janeiro de 1299).
Na cidade de Lisboa mandou erguer, em 1294, a muralha dionisina para proteger a cidade junto ao rio e, no Paço, ordenou que existisse um capelão perpétuo na capela de São Miguel, celebrando missas mesmo quando o rei não se encontrasse no Paço (janeiro de 1299), e tinha os bens do Tesouro Real guardados na Torre Albarrã do Castelo de S. Jorge.