D. Sebastião
D. Sebastião era um rei do renascimento com um espírito medieval. Admirava os cavaleiros medievais, os antigos romances de cavalaria e os castelos de tempos passados. Por isso, decidiu que o palácio onde iria viver não seria o moderno Paço Real da Ribeira, que ficava junto ao rio
Tejo, mas antes o velho Paço Real da Alcáçova, mesmo ao lado do castelo de Lisboa. Era tão velho que estava quase em ruínas, em grande parte devido a um terramoto que acontecera em 1531. Logo após a sua coroação, mandou fazer várias obras no Castelo de São Jorge e no palácio, para que aí pudesse ter a sua casa.
Deu grandes recepções nas salas do palácio como a que aconteceu, em 1571, em honra do representante do Papa Pio V, o cardeal Alexandrino. Graças a esta visita chegou até nós um documento onde é descrito o aspeto do paço: era todo construído em pedra, tinha muitas divisões e escadas, e era mais cómodo com grandes honras. Graças a esta visita chegou até nós um documento onde é descrito o aspeto do paço: era todo construído em pedra, tinha muitas divisões e escadas, e era mais cómodo do que belo. Tinha uma decoração muito elaborada, com pinturas, tecidos coloridos, tapeçarias, peças valiosas e exóticas.
D. Sebastião desapareceu durante a Batalha de Alcácer-Quibir. Ficou conhecido como “O Desejado”, porque se acreditava que algum dia voltaria ao seu reino. Nunca voltou. E nenhum outro rei voltou a viver no Paço Real da Alcáçova. Sem príncipe herdeiro, Portugal acabaria por
se unir a Espanha e os dois reinos passaram a ser governados pelo mesmo monarca: Filipe I.